A Companhia Fiandeiros de Teatro tem como objetivo estruturar o seu trabalho a partir de investigações que aprofundem sua relação com o fenômeno Teatral. Ao longo dos anos, criou um repertório de espetáculos com base em estudos no campo da poética, da dramaturgia pernambucana, do Teatro para Infância e Juventude, da musicalização e dos desdobramentos da interpretação do ator, específicos para cada montagem levada à cena.
Como proposta para sua quarta pesquisa, a Companhia Fiandeiros busca através do tema: Paralelas do tempo - A teatralidade do "não ser", dialogar com os conceitos de vida e morte, criador e criatura, humano e divino, construídos a partir da visão de mundo das pessoas consideradas invisíveis pela nossa sociedade, buscando a teatralidade na essência do universo das ruas do Recife.
Desta forma, o "ser marginal", o "tornar-se invisível", "o não ser" no sentido do não existir como um ser pleno de possibilidades, será a matéria-prima para as discussões, possibilitando o aprofundamento de questões como: De que forma, nas pessoas pesquisadas, se encontra a expressão do divino? Sob que ponto de vista a sociedade é vista por essas pessoas? Que relação há entre o ritmo interior desses indivíduos e o ritmo urbano? O desafio da pesquisa será buscar a teatralidade nas respostas dessas questões para levar à cena não apenas um mapa social da cidade, mas o questionamento sobre nossa própria invisibilidade em diferentes graus de exclusão social.
Desde Junho de 2010, a Companhia Fiandeiros tem se reunido para sistematizar e realizar as atividades da pesquisa: Paralelas do Tempo - A Teatralidade do “Não Ser”, viabilizada através do incentivo do FUNCULTURA – 2009. No trabalho, 06 pesquisadores, 01 coordenador da pesquisa, 01 registrador e 01 estagiária, debatem, registram e entrevistam para instrumentalizar seus relatórios mensais e seus futuros experimentos de cena. A pesquisa seguirá até março de 2011 e poderá ser acompanhada pelo público através do nosso site.
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